Quatorze projetos de biodiversidade marinha apresentam espécies ameaçadas no Brasil

Projetos socioambientais que atuam na costa brasileira estão mobilizados para celebrar Dia Internacional da Biodiversidade. No dia 22 de maio, 14 projetos estão unidos numa ação coletiva de mídia em prol da conservação de biomas e espécies da fauna e flora presentes no país, algumas ameaçadas de extinção. A ação “Juntos pela Biodiversidade” poderá ser conferida nas mídias sociais dos projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador, Ilhas do Rio, Mantas do Brasil, Meros do Brasil, Toninhas, Pinípedes do Sul, Ponta de Pirangi, Rebimar, Tamar, Uçá e Viva o Peixe-Boi Marinho. 

Por meio de vídeos com duração média de um minuto, os projetos irão convidar uns aos outros para falar sobre as espécies com as quais trabalham, abordando curiosidades, status de conservação, as principais ameaças e o que esperam para o futuro da biodiversidade. Os vídeos serão publicados em 22 de maio nas redes sociais de cada projeto, todos contando com o patrocínio Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e utilizando a #JuntospelaBiodiversidade para identificar a ação.

Os pinípedes e tartarugas:

No litoral do Rio Grande do Sul, ocorrem sete espécies de pinípedes, sendo mais frequentemente observadas no estado o leão-marinho-sul (Otaria flavescens) e o lobo-marinho-do-sul (Arctocephalus australis).  Já o elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina), a foca-caranguejeira (Lobodon carcinophaga), a foca-leopardo (Hydrurga leptonyx), o lobo-marinho-antártico (Arctocephalus gazella) e o lobo-marinho-subantártico (Arctocephalus tropicalis) são de ocorrência ocasional. Em relação às tartarugas marinhas, existem cinco espécies cuja ocorrência já foi registrada no estado. As mais abundantes são a tartaruga-verde (Chelonia mydas), a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) e a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Entretanto, há também registros no Rio Grande do Sul de indivíduos da tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata). Todas as espécies estão classificadas como Espécies em Perigo de Extinção.

O termo “biodiversidade” é definido como um conjunto de todas as espécies de seres vivos existentes na biosfera. De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil detém a maior biodiversidade do planeta. O país possui mais de 20% do número total de espécies da Terra, em 8,5 milhões de quilômetros quadrados que são formados por diferentes biomas: Floresta Amazônica (maior floresta tropical úmida do mundo); Pantanal (maior planície inundável do planeta); Cerrado de Savanas e Bosques; Caatinga de Florestas Semiáridas; Campos dos Pampas; e Floresta Tropical Pluvial da Mata Atlântica. Além disso, o Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões quilômetros, que inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos salgados. Estes biomas e ecossistemas abrigam as mais variadas espécies de flora e fauna, algumas ameaçadas de extinção, como, por exemplo, tartarugas-marinhas, peixe-boi marinho, toninha, albatrozes e peixe mero.

Sobre o Projeto:

O Pinípedes do Sul, que tem o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, objetiva reduzir as ameaças à conservação das espécies de pinípedes (o grupo de mamíferos marinhos que inclui as focas, leões e lobos-marinhos) e de tartarugas marinhas no sul do Brasil. Além disso, o projeto visa aumentar o nível de proteção de duas Unidades de Conservação onde há grande concentração desses animais – Refúgio de Vida Silvestre do Molhe Leste (São José do Norte, RS) e Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos (Torres, RS) – além de desenvolver atividades de educação ambiental voltadas para comunidades pesqueiras.