Bombeiros combatem incêndio no Litoral

Incêndio em Torres destruiu mais de oito hectares de vegetação

O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) após uma semana de combate a fogo que atingiu uma vegetação em Torres conseguiu no sábado (25) combater o último foco de incêndio. A informação foi divulgada no domingo (26) pela prefeitura local. O incêndio que iniciou no último dia 17 desse mês próximo a Vila São João.

Para apagar o fogo, os bombeiros precisaram utilizar um sistema de bombeamento para levar a água do Rio Mampituba até o local das chamas. Segundo o comandante do pelotão do CBM da cidade, o tenente Fabricio Freitas de Oliveira, a dificuldade para combater o incêndio tem relação direta com a seca que atinge o local e o vento que atingiu a região nos últimos dias, o qual acabou “espalhando as chamas e levando a fumaça até por toda a cidade”.

ALTO ÍNDICE DE OCORRÊNCIAS

O Litoral Norte gaúcho vem sofrendo com os inúmeros incêndios que vem atingindo a região nos últimos meses. De 1o de março até está quinta-feira (23) já são 340 ocorrências registradas pelo 9o Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), unidade responsável pelos 23 municípios do Litoral Norte. Vale ressaltar que esse dado só contabiliza os casos ocorridos em campos, matas nativas e banhados. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de aproximadamente 270%. Entre março e abril de 2020 foram registrados 92 incêndios desse tipo.

A estiagem que vem atingindo todo o Estado tem sido um fator determinante para o aumento no número de incêndios. Em março, por exemplo, foram 182 ocorrências atendidas pelos Bombeiros apenas em vegetações. Em comparação com 2019, no mesmo período, ocorreram 63 ocorrências.

Segundo o comandante do 9o Batalhão do CBM, o tenente-coronel Claudio Morais, ressalta que a falta de chuva não é o único motivo para o aumento dos incêndios, visto que a mão humana também tem relação com o aumento de ocorrências. De acordo com o tenente-coronel, a maioria dos incêndios ocorre às margens de rodovias, e que provavelmente isso teria relação com a queima de lixo e também o descarte inadequado das bitucas de cigarro.

“Tem que ter muito cuidado com essas questões de comportamento humano. A maior parte dos incêndios são em função das próprias pessoas que acabam causando um mal maior, que prejudica toda uma cidade, deixa as condições respiratórias mais prejudicadas por conta de uma fumaça que vai atingir uma cidade inteira”, declarou o Comandante Claudio Morais.

OUTROS INCÊNDIOS

Um incêndio na região do Balneário Santa Terezinha, em Imbé, causou transtorno aos moradores entre a noite de terça (21) e a madrugada de quarta-feira (22). A fumaça se espalhou e chegou a alguns bairros de Tramandaí. Ainda em Imbé, outro incêndio queimou parte de uma área de banhado entre os bairros Mariluz e Nova Nordeste.

Santo Antônio da Patrulha também sofre com a estiagem. No município, um incêndio atingiu parte da Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande, nas localidades de Tapumes e Chicolomã. A névoa branca causada pelo incêndio se espalhou e chegou a cobrir a cidade de Osório na tarde da última quarta-feira (15). Moradores próximos ao local reclamam ainda do cheiro de queimado e os Bombeiros seguem monitorando a região.

Vale ressaltar que a Polícia Civil e Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar (BM) estão trabalhando em conjunto na investigação dos incêndios para identificar se eles poderiam ter sido ocasionados criminalmente. Até o momento as causas ainda não foram identificadas.

Foto: CBM