Gaúcho é nomeado novo diretor geral da PF

Rolando Alexandre de Souza substitui Mauricio Valeixo, exonerado pelo presidente Bolsonaro no último dia 24 de abril.

O presidente Jair Bolsonaro nomeou o delegado Rolando Alexandre de Souza para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF). O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na manhã desta segunda-feira (4). Souza ocupava a Secretaria de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A nomeação do gaúcho ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender a nomeação e a posse de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da PF. Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, citou declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro que, ao deixar o cargo, acusou o presidente Bolsonaro de tentar interferir politicamente no órgão.

Após a decisão de Moraes, o próprio presidente tornou sem efeito a nomeação do delegado e manteve Ramagem como diretor-geral da Abin, cargo que ocupa desde o início do governo.

A assinatura do termo de posse também já foi realizada ontem (segunda-feira), em reunião fechada no gabinete do presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

O NOVO DIRETOR GERAL DA PF

Especialista em desvio de recursos públicos e com perfil discreto, o novo diretor da Polícia Federal, o gaúcho de Santa Maria, Rolando Alexandre de Souza, é considerado um técnico, com uma biografia a zelar.

Braço direito de Ramagem, Rolando Souza é delegado da Polícia Federal, mas exercia o cargo de secretário de Planejamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A indicação é vista como uma estratégia de Bolsonaro para manter a influência de Ramagem – que é amigo da família – na chefia da corporação.

Rolando foi superintendente da Polícia Federal em Alagoas entre 2018 e 2019. Em setembro do ano passado, ele assumiu a secretaria de Planejamento e Gestão da Abin a convite de Ramagem.

Na PF, Rolando também teve o cargo de chefe do Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos, além de ocupar cargos de chefia na Divisão de Combate a Crimes Financeiros e na superintendência em Rondônia.

Em 2007, ele chefiou a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) em Rondônia. Rolando também fez parte da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Além disso, é especialista em crimes financeiros. Segundo os próprios colegas, Rolando é conhecido por ser um profissional aberto ao diálogo e com predileção por números na hora de elaborar ações da PF.

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