Operação Soterragem prende quadrilha que aplicava golpes no Litoral

A Polícia Civil deflagrou na manhã de quarta-feira (28), a Operação Soterragem, com o objetivo de combater uma facção criminosa que estava praticando o chamado ‘golpe de jardinagem’, no município de Balneário Pinhal. Segundo o delegado Rodrigo Nunes, os criminosos utilizavam empresas de jardinagem de fachada para cometer os golpes. Conforme as investigações, cerca de R$ 30 mil é o prejuízo estimado pelas vítimas, as quais, em sua maioria, são idosos.

Ao todo, 56 agentes cumpriram 12 ordens judiciais na cidade de Porto Alegre. Ao menos, quatro pessoas foram presas durante a Operação. Todos foram ouvidos e encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça. Diversos objetos e documentos foram apreendidos, os quais serão analisados ao longo das investigações, que prosseguem com vistas a identificar novas vítimas e apurar delitos correlatos.

COMO AGIAM OS CRIMINOSOS

Sob pretexto de aplicar terras para jardinagem, o grupo se utilizava de diversas formas de ardil no intuito de lograr as vítimas, obtendo vantagem em prejuízo destas, utilizando uniformes e veículos adesivados de empresas de fachada e/ou já encerradas na Junta Comercial do Estado.

Entre as modalidades, sempre se utilizando de meios para distrair as vítimas, ora inseriam valores muito acima que os contratados, ora sustentavam às vítimas terem utilizados produtos em quantidades muito superior ao previamente estimado, ora simplesmente realizavam diversas e seguidas transações variando entre as modalidades de crédito e débito, sempre argumentando que estava ocorrendo erro na transação.

Além de instituições financeiras online, os bandidos também utilizavam transferências para terceiros “laranjas” com o objetivo de dificultar ainda mais o rastreio do dinheiro pela Polícia.

As investigações ainda apuraram que parte dos suspeitos já possuíam antecedentes por terem realizado o mesmo crime em datas anteriores em outras regiões do Estado e também de Santa Catarina. A Polícia também não descarta a possibilidade de existirem mais vítimas em outras cidades do Litoral, e que não comunicaram a ocorrência do crime à Polícia.

Foto: PC