Prefeitura lança Plano de Gestão da Orla

OSÓRIO – Foi realizado no início da tarde da última quinta-feira (7), o lançamento do projeto inicial do Plano de Gestão Integrada da Orla – Atlântida Sul e Mariápolis (PGI). O ato foi realizado no Plenarinho da prefeitura e contou com a presença das seguintes autoridades: secretário municipal de Meio Ambiente. Agricultura e Pecuária, Dirlei Souza; o subprefeito de Atlântida Sul, Caio; o diretor da empresa Cigres (responsável pelo estudo), Luis Tabajara; a coordenadora do Projeto Orla, a professora Samanta da Costa

Coordenadora do Projeto Orla, Samanta da Costa realizou a apresentação do PGI.

Conforme Luiz Tabajara, após um ano de trabalho, foi feita a entrega de três produtos: “o Projeto de Manejo de Dunas, o Plano de Gestão Integrada, juntamente com o Programa de Educação Ambiental, o qual vai complementar esses projetos dando a conscientização necessária e ao conhecimento para a utilização do espaço costeiro”.

Para o subprefeito Caio, o projeto é um anseio para a comunidade porque haverá, segundo ele, um regramento do uso de todos os espaços disponíveis na praia de Atlântida Sul e Mariápolis, com consciência e preservação do meio ambiente. Ele ressaltou a importância do Projeto e ressaltou que: “Temos que fazer com que Atlântida Sul e Mariápolis se torne uma praia plausível. Não adianta enchermos de construções e depois se arrepender. Temos que fazer um bom aproveitamento daquilo que resta de litoral para Osório. E isso que esse Projeto nos vai mostrar e vai trazer”, declarou o subprefeito Caio.

Tabajara concorda que o crescimento e a ocupação dos espaços da orla extrapolaram a sustentabilidade dos ambientes que existem hoje, tanto que, durante os estudos, foi observado o avanço da urbanização, somado a suba do nível do mar, o que tem ocasionado na redução da faixa de areia.

A professora Samanta ficou encarregada da apresentação. Segundo ela, o PGI tem objetivo de atender o Termo de Adesão à Gestão de Praias (TAGP), além de criar um canal de diálogo entre grupos sociais, governamentais e não-governamentais, para, de forma participativa, identificar problemas e ações para a gestão de suas praias.

É válido ressaltar que, durante os estudos, foram identificados aproximadamente 30 problemas na orla de Osório, incluindo a presença de lixo nas dunas, animais na praia, drenagem sem manejo, insegurança e vegetação exótica. Vale ressaltar que, todos eles foram encaminhados aos responsáveis e devem ser resolvidos o mais rápido possível.

Durante a fala de Samanta, surgiu uma dúvida sobre o contrato vigente da empresa que realiza o projeto, o qual Luiz Tabajara tentou solucionar. Conforme o diretor da Cigres, o prazo do contrato foi extinguido, precisando a empresa entrar com um pedido de ajuste a prefeitura para que o trabalho seja concluído e remunerado, visto que, de acordo com Luis, nesse um ano de trabalho, os profissionais não receberam nada. Caso o processo se estenda, Tabajara acredita que a situação irá ficar muito difícil de sustentar.

Em relação à questão técnica, Luiz Tabajara afirmou que: “o trabalho se consolida juntamente com o Plano de Manejo de Dunas, já que muitas das intervenções colocadas são do Plano de Manejo de Dunas. É um trabalho bastante robusto e os dois (Plano de Manejo e PGI) se complementam”.

Após as explicações, a Audiência Pública que deveria ser realizada no dia 20/04, na Câmara de Vereadores, não deve acontecer, devido a necessidade do PGI precisar passar por alterações e ajustes.

Diretor da empresa Cigres, Luiz Tabajara.

Fotos: Divulgações