Terrorismo nas Olimpíadas 2016

13650432_10153924702663422_1440706956_nRio Grande do Sul está na rota dos possíveis terroristas. O serviço de inteligência do Brasil está monitorando ao menos cem pessoas com potencial para cometer atos de violência, inclusive terrorismo, durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. São os chamados “lobos solitários”, aqueles que não pertencem a uma organização terrorista, como o Estado Islâmico, mas que agem em favor de alguma ideologia. De acordo com uma reportagem do jornal O Globo, a maior parte dos suspeitos é de origem estrangeira e está em áreas de fronteira, como Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. Em comum, eles demonstram simpatia por ações terroristas do Estado Islâmico. Muitos dos monitorados têm um perfil nerd e usam as camadas mais profundas da rede para se comunicar. O monitoramento ocorre há mais de um mês, em parceria com órgãos de inteligência de outros países, e é parte das ações preventivas para os Jogos Olímpicos do Rio. Na semana passada, Alexandre Moraes, ministro da Justiça e Cidadania do governo interino, disse não achar provável que ocorra algum ato terrorista nos Jogos do Rio, porém não descartou a hipótese. “Não há probabilidade, mas há possibilidade”, disse. Ameaças ao Brasil – Em abril Abin (Agência Brasileira de Inteligência) confirmou a autenticidade de um perfil e de uma mensagem postada em novembro do ano passado. Um suposto integrante do Estado Islâmico postou no Twitter uma ameaça ao país. A mensagem “Brasil, vocês são nosso próximo alvo” foi postada em novembro do ano passado pelo francês Maxime Hauchard, logo após os atentados que deixaram 129 mortos e dezenas de feridos, na França, mas só nessa quarta-feira (13) a Abin confirmou a informação. As Olimpíadas de Munique – É sempre bom lembrar que foi em uma Olimpíada que atentados terroristas de grandes proporções começaram. Na madrugada de 5 de setembro de 1972, oito jovens palestinos vestidos como atletas escalaram a cerca de um dos portões da Vila Olímpica de Munique. Foram vistos, mas não despertaram suspeitas. Acabaram confundidos com atletas voltando de alguma festa na cidade alemã, mesmo que trouxessem em suas mochilas esportivas granadas e rifles Kalashnikovs. Alguns minutos depois, fariam uma dezena de atletas israelenses reféns. O terrorismo havia encontrado o cenário ideal para atentados: um evento que reunia milhares de pessoas e despertava a atenção do mundo. “Munique inaugurou o uso de grandes eventos para o terrorismo, com um efeito potencializado em escala muito maior do que teria ocorrido se a ação fosse em Tel Aviv”, destaca Guilherme Casarões, professor de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco e da Fundação Getúlio Vargas.